sábado, 9 de abril de 2011

Nem todas garotas ...


Nem toda garota passa 24 horas por dia chorando ou sorrindo. Não são todas que gostam de caras fortes, malhados, brutos e também não são todas que gostam dos fofinhos, românticos e colírios. Algumas preferem falar mais e ouvir menos. Outras só observam. A minoria ou talvez a maioria prefira assistir filme em casa do que ir à um cinema, ou vice-versa; garotas nem sempre falam por falar… Ou melhor, garotas nunca falam por falar. O sorriso esconde tantas formas de irônizar, amar, cuidar, querer, invejar… Eu normalmente sorrio quando vejo tudo o que alguém tem nos braços e que deveria ser meu. É um sorriso que conspira uma saudade. Mas nem todas as garotas são assim. Algumas não se abalam, só levantam a cabeça. Outras caem em meio a solidão. Mas toda garota supera, toda garota chora, toda garota brinca, toda garota quer, toda garota ama. Eu sei disso e você também

Doce!

Eu não sou doce. Na verdade, eu sou daquelas que mudam da água pro vinho em um segundo, daquelas que atiram as roupas para todos os cantos e depois têm preguiça de procurar. Há dias que prefiro o azul, outros, gosto mais do rosa, ou será que é do verde? Indecisa e um tanto insegura, o chão não parece estável, e eu tenho medo de afundar, ou de flutuar. Eu não sou doce, acho que doces atraem formigas, posso ser simpática, mas não o tempo inteiro, às vezes falo palavrões e te mando tomar naquele lugar onde o sol não bate. Nunca tenho roupas, e às vezes tenho até demais; ora gosto do colorido, ora prefiro o cinzento. A mesmice nunca me atrai, o comum nunca me seduz, gosto do diferente, do incomum, de aventuras. Ora, veja só, eu não sou um doce, eu sou uma composição química em constante mudança.